Pré-ocupação

Desperdiçamos
nosso tempo e energias preciosas, envolvidos nas situações que poderão
acontecer, sobre as quais não temos qualquer tipo de comando, pois esquecemos
que tudo que podemos e devemos dirigir é somente nossas próprias vidas. São diversas
as preocupações sobre as quais não temos nenhum controle: o humor dos
professores, a doença dos outros, a alegria dos filhos, o amor das pessoas, o que
os outros pensam sobre nós, a morte de familiares, etc...
Podemos
nos “pré-ocupar” a vontade, que não traremos o bom humor, a saúde, a
felicidade, o amor, a consideração, porque tudo isso foge às nossas
possibilidades.
Quando
passamos por grandes desequilíbrios causados pelo desgaste emocional de nos
ocuparmos antes do tempo certo com coisas e pessoas, podemos ter insônias,
decepções e angústias pelo temor antecipado do que poderá vir a acontecer no
amanhã.
É
incorreto confundir “pré-ocupação” com “previdência”, porque se preparar ou ser
precavido para realizar planos para os dias que virão é bom senso e lógica; prudência
não é preocupação, porque enquanto uma é sensata e moderada, a outra é irracional
e tolhe o indivíduo, prejudicando-o nos seus projetos e empreendimentos do
hoje.

Passamos
a nos comportar afirmando: “Lógico que eu me preocupo com você, eu o amo”,
“Você tem que se preocupar com seus pais”, “Quem tem filhos vive em constante
preocupação”.
Pensamos
que estamos defendendo e auxiliando os entes queridos, quando na verdade
estamos confinando-os e prejudicando-os por transmitir-lhes, às vezes, de modo
imperceptível, medo, insegurança e pensamentos catastróficos.

Observemos
como a vida se comporta e deixemos de nos “pré-ocupar”.

Deixemos
de nos “pré-ocupar” e passemos a nos ocupar com aquilo que realmente importa, o
aqui e agora, sem, no entanto, deixarmos de ser previdentes.
Adaptado do livro "Renovando Atitudes" de Francisco do Espírito Santo Neto.
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